O terreno está na fronteira de duas zonas cuja morfologia é muito diferente decorrente do crescimento não controlado da cidade. Por um lado, o limite com o centro histórico, frente um conjunto consolidado com alturas constantes –fonte de desenvolvimento nos anos 60- que funcionou como barreira para o crescimento urbano posterior. De outro lado, o limite com o bairro de Singuerlin com um desenvolvimento desordenado e irregular com um relevo com forte inclinação. A conclusão da via expressa B-20 e a construção do parque Europa, nos anos 90, uniram a duas zonas sem resolver abordar o bairro Singuerlin.
O projeto Pallaresa lida com essa frente. A estratégia urbana conste em criar uma nova centralidade mediante a introdução de equipamentos na escala urbana, como o hotel e o cinema, o programa completa-se com 200 habitações; isso envolveu três conceitos básicos:
1. Verticalidade dos edifícios para liberar terreno, reduzindo o impacto e adaptando-se às características morfológicas da área. Os edifícios de habitação têm uma altura de térreo mais 24 pavimentos, os de habitação social, térreo mais 13 andares. O hotel, térreo mais seis.
2. Liberação de até 8.500 mm2 de terreno para convertê-los em espaço verde, como prolongação do parque Europa e conexão com o complexo lúdico de Can Zam.
3. Simbolismo a nível urbano. Gera-se um elemento simbólico duplo, a entrada ao bairro de Singuerlin, definida pelo dialogo formal entre os dois altos edifícios destinados às habitações.
Os três edifícios são dispostos no terreno de maneira que os acessos, marcados por projeções de grandes dimensões, configuram um amplo espaço urbano, configurando uma praça seca com grandes loggias.